Na manhã de sábado do dia 02 de junho de 2018, aconteceu no Parque Municipal de Belo Horizonte, no IV ENA (Encontro Nacional de Agroecologia) na tenda 15, uma roda de conversa sobre “Educação do Campo e Agroecologia”. O evento contou com a presença de representantes de programas institucionais e de movimentos sociais relacionados à educação do campo e agroecologia de Minas Gerais e do Brasil, como o: LECampo (UFMG), LEC (UFVJM), LECCA (IF Sul de Minas), entre outros.
Foi explicado sobre a inserção da Licenciatura em Educação do Campo nas instituições de ensino como uma nova ferramenta de formação e capacitação de pessoas das zonas rurais, para a promoção do desenvolvimento, com base nos princípios da sustentabilidade econômica, social e ambiental dos homens e mulheres que ali vivem.
A roda teve como pauta principal um questionamento: “Por que, para que e como aproximar Educação do Campo e agroecologia?”. Uma pergunta que nos colocou diante de um vasto número respostas e contribuições para a Educação do Campo com diferentes perspectivas sobre esse tema. Um momento de interação e troca de saberes e fazeres que constroem a agroecologia no campo e na cidade e em todos os cantos do Brasil.
UEMG – Unidade Carangola
Autor(es): Jaquelina Alves Nunes, Daniela Viana Mantesco, Maria Alice Brandão Silva, Jaqueline da Silva Reis, Nandialla Maria Carlos do Nascimento
Orientadora do Projeto: Jaquelina Alves Nunes
O presente trabalho buscou mostrar como a Botânica pode ajudar na formação de licenciados em Ciências Biológicas, Pedagogia e Geografia da Universidade do Estado de Minas Gerais/Carangola, assim como ajudar professores que já lecionam na área a melhorar seus métodos de ensino, além de proporcionar a iniciação à docência para alunas do curso de Ciências Biológicas envolvidas.
Foram realizadas aulas teóricas e práticas envolvendo o tema, além de visitas ao Herbário da Universidade do Estado de Minas Gerais – HUEMG. Desenvolvido com duas turmas do sexto período de Pedagogia da UEMG/Carangola, uma contendo 20 alunos (Turma A) e a segunda contendo 18 alunos (Turma B), uma turma do terceiro período de Geografia com 28 alunos e duas turmas do Centro de Educação Infantil Arte Manha, os quais eram alunos do pré-escolar e 3º ano do ensino fundamental. Para cada turma foi desenvolvida uma metodologia adequada e diferenciada.
As sequências didáticas trabalhadas foram: Cegueira botânica; Botânica no cotidiano, Preservação ambiental, Morfologia Vegetal e importância das Coleções botânicas.
O trabalho foi de suma importância, uma vez que expandiu o conhecimento da botânica, gerou integração entre alunos de cursos distintos da Unidade, bem como mostrou maneiras simples e divertidas para trabalhar com as plantas em sala de aula.
Professor (a) responsável: Vanesca Korasaki
UEMG – Unidade Frutal
A Comunidade que sustenta a Agricultura (Community Support Agriculture – CSA) é formada por pessoas que procuram uma alimentação saudável e sem agrotóxicos, com o fornecimento de alimentos orgânicos de forma direta entre produtor-consumidor. A CSA-Frutal cria uma relação próxima entre quem produz e quem consome os produtos, trocando a cultura do preço pela cultura do apreço.
No grupo da CSA-Frutal estão moradores da cidade de Frutal, das mais variadas áreas: advogados, aposentados, arquitetos e urbanistas, biólogos, diretores de escolas, donas de casa, educadores, empresários, engenheiros agrônomos, estudantes universitários, fisioterapeutas, jornalistas, juízes, médicos, nutricionistas, pedagogos, produtores orgânicos, entre muito outros.
Um grupo fixo de consumidores se compromete a cobrir o custo da produção agrícola de um produtor orgânico. Em contrapartida os consumidores recebem os alimentos produzidos pelo agricultor sem custos adicionais. O benefício do consumidor é que ele recebe produtos de qualidade sabendo como são produzidos. O benefício do produtor é que ele não sofre a pressão do mercado e do preço.
Os consumidores, aqui chamados de co-produtores investem uma taxa mensal e recebem semanalmente uma cesta com no mínimo sete produtos orgânicos, em média a cesta pesa de 7 a 8 kg. Os produtores orgânicos certificados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Sr. Lucas Morais e Sra. Sirlene Soares são os agricultores responsáveis pela produção dos alimentos da cesta.
No último sábado de cada mês ocorre a vivência, que é um evento no qual co-produtores junto com os agricultores realizam atividades que tem o objetivo de aumentar a interação do grupo. Nas vivências o espaço da CSA-Frutal foi pintado e ornamentado, foram feitos pratos com ingredientes do próprio cultivo, como: pizza de Plantas Alimentícias não Convencionais (PANC), e uma colheita coletiva de tomates, entre outras atividades que fomentaram a interação em produtores e co-produtores.
Para mais informações acesse o site: http://agroecologiafrutal.org/csa-frutal/
Professor(a) responsável: Joana Beatriz Barros Pereira
UEMG – Unidade Campanha
A água se tornou um assunto de grande importância devido à escassez que se anuncia e que atualmente vem se comprovando nas demandas da sociedade. Para tratar desta questão se mostra necessário abordar o saneamento e o esgoto visto que a qualidade da água passa a ser prioridade para enfrentar este cenário. A escassez de água requer que sua qualidade seja melhor, para que isso ocorra é necessário, controlar o esgoto e ampliar ações de saneamento, influenciando na formação de uma cultura para o uso racional da água.
No ambiente urbano o saneamento está implementado como política pública e no ambiente rural esta questão não está acobertada nas ações públicas. As escolas rurais, pousadas e empreendimentos de turismo, concentram pessoas e utilizam fossas negras. Carecem de uma modalidade de saneamento básico que promova ações de sustentabilidade. Diante deste cenário e visando promover ações que estimulem a formação de uma consciência voltada para o uso racional da água no ambiente rural , o projeto Águas da UEMG divulga, apoia e estimula a implantação de fossas ecológicas nos empreendimentos rurais.
As fossas ecológicas de evapotranspiração construídas com pneus são uma opção para o saneamento e para a reciclagem de pneus. O projeto promove a mobilização social das comunidades e dos empreendimentos para a implantação da fossa através de ações no âmbito da pedagogia empresarial com o trabalho de formação da consciência nos usuários e no âmbito dos processos gerenciais caracterizando a valorização do empreendimento pela responsabilidade ambiental. A equipe de bolsistas é oriunda do curso de Pedagogia e de Processos Gerenciais. O projeto trabalhou com escolas de campo e atualmente está desenvolvendo atividades com pousadas e fazendas de produção de oliveiras em Campanha/MG e região.
Impulsados pelos 30 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Minas e pela Jornada Universitária da Reforma Agrária (Jura), realizada entre os dias 21 e 25 de agosto em Viçosa, foi realizada a 1° roda de conversa “Educação do Campo e a Luta pela Terra” na UEMG unidade Ibirité, no dia 24/08, organizada pelo KAIPORA (Laboratório de Estudos Bioculturais).
O encontro teve por finalidade o debate sobre a atual situação da educação do campo em minas gerais e a defesa da reforma agrária, protagonizada pelas lutas dos povos do campo e da cidade, na construção da sociedade que queremos para o futuro.
Coordenadora do Projeto: Profª. Drª. Elizete Oliveira de Andrade
Professora Participante: Profª. Drª. Maria da Penha Ferreira de Assis
Estudante bolsista do curso de Pedagogia: Vanusa Aparecida Franco dos Santos
Estudante não bolsista do curso de Pedagogia: Alice Andrade da Silveira
Técnica: Maria de Fátima Gomes Gallo Bevilaqua
Trata-se de uma pesquisa que busca conhecer as práticas pedagógicas desenvolvidas por professores/as participantes do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) em escolas do campo do município de Carangola/MG.
O objetivo principal é conhecer e sistematizar os saberesfazeres produzidos na prática pedagógica dos/as professores/as de escolas do campo que estão em formação pelo PNAIC, na busca da compreensão desses saberes enquanto estratégias ou não para consolidação de uma prática que seja mais próxima da perspectiva da educação do campo.
Para o desenvolvimento da pesquisa a equipe participará dos encontros formativos do PNAIC (como ouvintes), bem como será realizada observação participante nas aulas ministradas pelos/as professores/as. O intuito é, a partir das concepções apresentadas pelo grupo de professores/as nos encontros de formação continuada e na prática nas escolas escolhidas, refletir sobre as estratégias utilizadas como propícias ou não à perspectiva da educação do campo.
Professor Coordenador: Custódio Jovêncio Barbosa Filho, UEMG – Unidade Ubá.
Equipe: Professora Viviane Modesto Arruda
Professora Kelly da Silva
A presente proposta de pesquisa tem como objetivo, a partir de experiências teóricas e práticas, conhecer estratégias de ações que articulem a Educação do Campo como campo de conhecimento epistemológico, a Agroecologia enquanto possibilidades de mudança da matriz produtiva no campo e os diálogos produzidos entre os saberes científicos e os saberes populares existentes entre os camponeses dos assentamentos que ocupam a região da Zona da Mata, no estado de Minas Gerais. Espera-se com esta pesquisa conhecer as estratégias de ação adotadas pelos camponeses assentados da região da Zona da Mata Mineira que articulem a Educação do Campo enquanto campo epistemológico e a Agroecologia como nova matriz produtiva na interface entre os saberes científicos e os saberes populares.
No dia 28 de Abril, ocorreu o primeiro encontro de Benzedeiras e Raizeiras da região metropolitana de Belo horizonte, uma iniciativa organizada pelo projeto “SABERES DO QUINTAL: BIODIVERSIDADE E EDUCAÇÃO POPULAR” da unidade UEMG-Ibirité coordenado pelo prof. Emmanuel Duarte Almada.
O encontro foi organizado como uma tentativa de agregar os conhecimentos tradicionais das Benzedeiras e Raizeiras, pensando sua articulação dentro da RMBH junto com a comunidade. Em uma roda de conversa informal houve a interação de pessoas das mais variadas áreas do conhecimento em uma partilha de experiências e troca de saberes tradicionais.
Muitos assuntos foram colocados em pauta, como: o benzimento como modo de vida, sendo uma ferramenta de equilíbrio entre homem e o meio ambiente; descrição de plantas e rezas utilizadas no processo de cura; o uso devido de ervas medicinais no nosso cotidiano; posologia; infusões para o bem-estar da saúde e o poder da espiritualidade das religiões afro-brasileiras.
Ainda teve um almoço coletivo após a roda de conversa, e no final do encontro uma oficina de pomada com ingredientes naturais.
Estes encontros fortalecem os meios de preservação dos costumes populares tradicionais, como o modo de vida das benzedeiras e raizeiras, que ao longo dos anos se perde em meio a tantos adventos da atualidade, sendo desvalorizados pela população, deixando de ser um costume tradicional.
Fotos:
Acontecerá nos dias 23 a 25 de maio, às 19h, no Auditório BDMG Cultural (Rua Bernardo Guimarães, 1600, Lourdes – Belo Horizonte) o Seminário Internacional “Terra Comum, Propriedades Coletivas e Outras Espacialidades: Práticas e Ideias”.
Para mais informações, acesse o link http://www.uemg.br/noticia_detalhe.php?id=10737