Impulsados pelos 30 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Minas e pela Jornada Universitária da Reforma Agrária (Jura), realizada entre os dias 21 e 25 de agosto em Viçosa, foi realizada a 1° roda de conversa “Educação do Campo e a Luta pela Terra” na UEMG unidade Ibirité, no dia 24/08, organizada pelo KAIPORA (Laboratório de Estudos Bioculturais).
O encontro teve por finalidade o debate sobre a atual situação da educação do campo em minas gerais e a defesa da reforma agrária, protagonizada pelas lutas dos povos do campo e da cidade, na construção da sociedade que queremos para o futuro.
Professor Coordenador: Custódio Jovêncio Barbosa Filho, UEMG – Unidade Ubá.
Equipe: Professora Viviane Modesto Arruda
Professora Kelly da Silva
A presente proposta de pesquisa tem como objetivo, a partir de experiências teóricas e práticas, conhecer estratégias de ações que articulem a Educação do Campo como campo de conhecimento epistemológico, a Agroecologia enquanto possibilidades de mudança da matriz produtiva no campo e os diálogos produzidos entre os saberes científicos e os saberes populares existentes entre os camponeses dos assentamentos que ocupam a região da Zona da Mata, no estado de Minas Gerais. Espera-se com esta pesquisa conhecer as estratégias de ação adotadas pelos camponeses assentados da região da Zona da Mata Mineira que articulem a Educação do Campo enquanto campo epistemológico e a Agroecologia como nova matriz produtiva na interface entre os saberes científicos e os saberes populares.
No dia 28 de Abril, ocorreu o primeiro encontro de Benzedeiras e Raizeiras da região metropolitana de Belo horizonte, uma iniciativa organizada pelo projeto “SABERES DO QUINTAL: BIODIVERSIDADE E EDUCAÇÃO POPULAR” da unidade UEMG-Ibirité coordenado pelo prof. Emmanuel Duarte Almada.
O encontro foi organizado como uma tentativa de agregar os conhecimentos tradicionais das Benzedeiras e Raizeiras, pensando sua articulação dentro da RMBH junto com a comunidade. Em uma roda de conversa informal houve a interação de pessoas das mais variadas áreas do conhecimento em uma partilha de experiências e troca de saberes tradicionais.
Muitos assuntos foram colocados em pauta, como: o benzimento como modo de vida, sendo uma ferramenta de equilíbrio entre homem e o meio ambiente; descrição de plantas e rezas utilizadas no processo de cura; o uso devido de ervas medicinais no nosso cotidiano; posologia; infusões para o bem-estar da saúde e o poder da espiritualidade das religiões afro-brasileiras.
Ainda teve um almoço coletivo após a roda de conversa, e no final do encontro uma oficina de pomada com ingredientes naturais.
Estes encontros fortalecem os meios de preservação dos costumes populares tradicionais, como o modo de vida das benzedeiras e raizeiras, que ao longo dos anos se perde em meio a tantos adventos da atualidade, sendo desvalorizados pela população, deixando de ser um costume tradicional.
Fotos:
As mulheres do projeto “PertenSer Mulher: capacitando mulheres do Caparaó”, coordenado pela profª Ma Viviane da Silva Oliveira, visitaram o Parque Nacional do Caparaó, no terceiro encontro do grupo. Este encontro teve por objetivo apresentar às participantes a área de conservação ambiental do Parque. Muitas integrantes não conheciam o Parque, mesmo sendo moradoras de seu entorno. Conhecê-lo possibilitou o despertar de um sentimento de pertencimento ao local, maior vínculo e afinidade com o mesmo. A visita enriqueceu a reflexão e o debate sobre questões ambientais, pois salientou a importância de conservar a biodiversidade do Parque e seus arredores. Outro objetivo foi conhecer as lojas locais de artesanato para que as mulheres pudessem se inspirar, pois um dos objetivos do projeto é a confecção de artesanatos que deverão representar a fauna e flora local, além de promover renda e autonomia às mulheres. A visita ao Parque foi um momento que aliou conhecimento e bem-estar, uma vez que as participantes se mostraram contentes e interessadas no debate sobre conservação ambiental, participação popular e importância do local onde vivem. Confira os registros: