27 junho

Realizou-se, no dia 10 de maio de 2018, na Universidade do Estado de Minas Gerais – Divinópolis, o minicurso sobre adolescentes, com o seguinte título “O trabalho das assistentes sociais no programa de residência multiprofissional em saúde do adolescente UFSJ – CCO” com as palestrantes Lilian Fernanda Silva e Lidiani Vanessa da Silva. A atividade compôs a programação da Semana Acadêmica do curso de Serviço Social e foi organizada pelo Centro Acadêmico de Serviço Social. As palestrantes discutiram sua experiência trabalhando na saúde como assistentes sociais, e sobre o momento da adolescência.

Elas relatam que além dos adolescentes atendidos, também podem ser atendidas crianças, pois a organização da saúde considera adolescentes as pessoas com 10 a 19 anos, diferente do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que define a faixa etária de 12 a 18 anos como adolescência. Segundo elas, o momento da adolescência é delicado pela questão do descobrimento e pelas cobranças sociais sobre o que os adolescentes serão quando adultos, a questão do emprego e desemprego, o medo da exclusão ou, como dizem os adolescentes, de sobrar nos círculos sociais e até mesmo o medo de morrer.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que a morte de adolescentes entre 10 e 15 anos idade acontecem principalmente por “violência interpessoal, acidentes de trânsito, leucemia, afogamento e infecções respiratórias”. Já entre os adolescentes de 15 a 19, é relevante também o número de suicídios.

As assistentes sociais lembram que o trabalho com a adolescência precisa envolver também a família e o círculo de amizades dos meninos e meninas para que as demandas da adolescência sejam envolvidas. Discutiram também a experiência com adolescentes grávidas, que muitas vezes são ignoradas pela família e sofrem com estigmas e preconceitos diversos.

Os adolescentes são encontrados nas escolas, onde os profissionais irão trabalhar com diferentes grupos de adolescentes para saber sobre suas demandas e discutir os seus projetos de vida. Além disso, as profissionais afirmam que há uma relação entre a rigidez da instituição de ensino e o índice de suicídio entre adolescentes, pois muitas vezes a escola deseja um ajuste de conduta, mas não é através de ajustes que as demandas do adolescente serão ouvidas.

Em relação ao suicídio, as palestrantes afirmam que se faz necessária uma maior atenção a essas práticas, pois a adolescência é a busca desenfreada por desafios, o fazer para ver se realmente acontece. Além do tratamento, elas utilizam junto aos adolescentes o plano de segurança que possibilita ao adolescente acionar pessoas de confiança em momento de crise.

Para finalizar, as assistentes sociais trouxeram o e-book que apresenta ferramentas para fortificar e prevenir a rede de prevenção ao suicídio na adolescência, onde é explicado como enxergar os comportamentos suicidas e os fatores que podem causar práticas suicidas.

O ebook, referenciado ao final desta matéria, pode solicitado no seguinte e-mail: teiavita@terra.com.br.

O Programa Institucional de Extensão Direitos da Criança e do Adolescente vem desenvolvendo, desde o início do ano de 2017, um trabalho em conjunto com a equipe do programa de residência multiprofissional em saúde do adolescente da Universidade Federal de São João Del Rey, Campus Centro-Oeste.

 

Referência:

SILVA, Lilian Fernanda; SILVA, Lidiani Vanessa. O assistente social no contexto de um programa de residência multiprofissional em saúde do adolescente. 10 maio. 2018. 38 slides. Material apresentado para a semana acadêmica do curso de serviço social.

Foto minicurso adolescentes

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