29 junho

O projeto de extensão “Práticas Musicais”, no Lar Santa Tereza e  Santa Terezinha, foi coordenado pela professora Sônia Cristina de Assis e executado pelas bolsistas PAEX Luana Costa Dias e Marcos César Tinti Mendes da Escola de Música. A proposta foi promover vivências afetivas e musicais por meio do canto, das histórias e da confecção de instrumentos sonoros. Nele, a música atuou como um sistema dinâmico, possibilitando uma melhoria na vida das idosas em diversos modos, afetando dimensões como comportamento social, psicológico e físico.  A iniciativa aconteceu no período de abril a dezembro de 2017, e teve como objetivo promover momentos de musicalidade e expressividade entre as idosas. O Lar está localizado no Bairro Santa Tereza em Belo Horizonte e acolhe no máximo trinta idosas.

Visando à ampliação do direito e acesso à arte e à cultura na sociedade brasileira, o projeto tem promovido, no Lar de Idosas Santa Teresa e Santa Terezinha, o cantar, o tocar e o movimentar, visando um redescobrir de experiências sonoro-musicais. “Por meio do canto e do movimento, essas mulheres se revelam ao revelarem suas histórias de vida, sabendo que, o envolvimento da música e do movimento, inseridos na vida cotidiana dos idosos, apresentam benefícios para a identidade sonora, a elevação do amor próprio e a autoconfiança” (AMARAL; GOMES, 2012, LEÃO; FLUSSER, 2008).

Compreendendo a direção que caminha a vida social dos idosos da sociedade brasileira, especificamente, nos grandes centros urbanos, o projeto propõe uma aproximação a estes contextos. Muitas das instituições públicas para idosos carecem de trabalhos artísticos que não tratem seus residentes como incapacitados ou muito menos como crianças, como as novas casas denominadas “Creche para idosos”. É necessário reconhecer os idosos pelas suas experiências de vidas, histórias e habilidades, acreditando que os mesmos têm muito a contribuir para a sociedade, sabendo que, pessoas ao partilharem suas memórias se tornam guardiões de histórias e fatos, de entendimento de um tempo passado, como também de saberes.

Para Leão e Flusser (2008), os processos de comunicação conferem os tônus afetivo, a vitalidade e a saúde, porém, quando é negligenciada nas fases humanas, especificamente nos idosos, implicações diretas acarretam sua saúde gerando todo o agravamento de doenças. Sendo assim, a comunicação é o que garante momentos de consciência, ou estar presente. Ao exercitar a memória musical das idosas, com canções e histórias, foi percebido, também, uma transformação importante na rotina do asilo. As intervenções que o projeto de música vem realizando tem gerado expectativas na vida cotidiana dessas mulheres ao promover experiências musicais, momentos de encontros, conversas e agenciamento de conhecimento. Neste sentido, torná-las protagonistas de suas experiências vividas, promover a comunicação, a escuta e a atuação efetiva são frutos colhidos pelo projeto.

As canções foram, cuidadosamente, acompanhadas pelos bolsistas junto ao violão e ao pandeiro. Mais de sessenta músicas foram relembradas e todo o material se encontra registrado em vídeos, fotos e relatórios. Também, foi realizado a confecção de alguns instrumentos percussivos para trabalhar a coordenação motora e são usados durante a cantoria. Como na Festa Junina realizada este ano, elas cantaram e tocaram seus chocalhos, foi um momento que possibilitou um envolvimento divertido com os familiares e amigos. Até o momento, fazer música no Asilo, ou musicar, tem apresentado uma melhora visível na qualidade de vida dessas mulheres, além de proporcionar momentos de alegria e prazer.

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19 junho

O Librário é um jogo pedagógico e imagético desenvolvido através de uma abordagem sistêmica, integral e inovadora do design e da arte. Nasceu no âmbito acadêmico da extensão e o seu conceito se firma dentro do caráter científico, criativo e artístico. A ideia é promover a cooperação entre universidade e sociedade inclusiva. São oficinas de executadas em escolas, universidades e instituições para crianças e adultos, surdos e ouvintes, principalmente em cursos de formação de multiplicadores. Além do jogo de baralho há também a versão digital, trata-se de um aplicativo do jogo para download gratuito em celulares e computadores, com vídeos de sinais, que facilitam o processo de aprendizado da Libras de forma divertida e consequentemente promove a inclusão comunicacional dos surdos.
Segundo a professora Nadja Mourão, “o Librário é um convite para praticarmos a empatia, sairmos da zona de conforto e descobrirmos uma outra maneira de nos comunicar, ouvir com os olhos e falar com as mãos. Estamos crescendo e possuímos, como uma das metas, tornar mais acessível a todos que desejam ter o jogo e aprender e ensinar Libras por aí”. Recentemente, o projeto entrou no Catarse (site de financiamento coletivo) e iniciou uma campanha de arrecadação de doações. Este recurso será utilizado para ampliar as categorias de palavras do jogo, fazer e manter os custos de um site com vídeo aulas, além de dar continuidade ao ensino por meio de oficinas e formação de multiplicadores em escolas e universidades por todo o Brasil. “Almejamos firmar seu caráter científico, criativo e artístico na sociedade, para contribuir na convergência entre a universidade e a sociedade inclusiva”, ressalta a professora.

O Librário vem ganhando diversos prêmios desde a sua concepção, como o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social em 2015. Com este prêmio, foi possível tirar do papel o conjunto de cartas do Librário e a versão digital, que está disponível gratuitamente para download em celulares, computadores e tablets. O aplicativo possui vídeos de sinais que facilitam o processo de aprendizado da Libras de forma divertida e, consequentemente, promove a inclusão comunicacional entre surdos e ouvintes.

Seguem alguns links importantes sobre as atividades do Librário:

Vídeo de apresentação do Librário como tecnologia social

https://www.youtube.com/watch?v=ktGvCF0sOKQ

Vídeo para contextualização: Uma breve história dos surdos no Brasil e no mundo:

https://www.youtube.com/watch?v=jc9X1i9zy3o

Revista Ciência no ar: Brincando com o Librário

https://www.youtube.com/watch?v=NbbETH3QarA

Vídeo da formação de multiplicadores no CCBB

https://www.youtube.com/watch?v=TbYmrMfOMnA

Apresentação do Librário digital

https://www.youtube.com/watch?v=drpiB4ws1Jg

Artigo publicado na revista Artes, Educação e Inclusão:

A versão digital do jogo Librário, está  disponível gratuitamente para celulares e computadores nesses links abaixo:

·         Android: http://bit.ly/25CXO5H
·         iPhone/iPad: http://apple.co/1Ujxyll
·         Windows: http://bit.ly/1XT5j2z
·         Windows (64 bits): http://bit.ly/1XT5Bq2
·         Mac: http://bit.ly/24kVHgZ

Conheça nossas páginas:

Facebook: librariodaarte

Instagram: @jogolibrario

Nossa campanha no Catarse: https://www.catarse.me/librario

15 junho

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A Mostra Perplexa ocorre desde 2009, com duas edições por semestre. Tem como objetivo  criar redes colaborativas e criativas, entre os alunos além de formar artistas conscientes de todos os processos envolvidos na elaboração e execução dos projetos. A iniciativa acontece no âmbito das disciplinas Introdução à Performance e Performance, oferecidas na Escola Guignard—UEMG, pelo professor Marco Paulo Rolla.

No segundo semestre de 2015 a Mostra Perplexa se tornou um projeto de extensão da UEMG. E no primeiro semestre de 2017, a Mostra Perplexa foi contemplada com  projeto de pesquisa científica. O projeto foi uma compilação dos arquivos da Mostra, visando reunir material de todas as edições com o intuito de desenvolver publicações, digitais e impressas, em torno do ensino de performance na Escola Guignard e, futuramente, em outras escolas do Brasil.

Esse semestre já foram feitas duas apresentações:

-Performance coletiva 01101101
01101101-1001101101-14
-Performance coletiva-Procissão
performance-17 performance-19 performance-44

https://mostraperplexasite.wordpress.com/

8 junho

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O Projeto Cozinhas e Quintais Produtivos é um projeto de extensão do Programa Minas Raízes, da Escola de Design – UEMG realizado em parceria com o Instituto Mani, tendo como público alvo quitandeiras(os), cozinheiras(os) e produtores(as) de agricultura familiar.

Segundo a autora/professora Daniela Martins, o projeto busca desenvolver em conjunto com a comunidade de São Sebastião das Águas Claras, popularmente conhecida como Macacos, atividades que têm como objetivo preservar e difundir a memória, os hábitos culturais gastronômicos, os ofícios do “saber fazer artesanal“.

A essência do programa é atuar como articulador entre sociedade, produção cultural e valorização do território através do viés da metodologia do design. Dessa forma, promove o fortalecimento da identidade territorial e da economia local gerada pela Produção Associada ao Turismo junto à comunidade, com abordagem permeada pelo Design Sistêmico.

Para saber mais acesse: https://www.facebook.com/cozinhasequintais/

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6 junho

A Camerata experimental da ESMU/UEMG é uma disciplina que se mistura com um projeto de extensão permanente, orientado pelo professor Moacyr Laterza Filho. Trata-se de uma disciplina de prática musical, com orientações e conteúdos específicos, pinçados de um amplo universo diante do qual o estudante de música se vê em sua vida acadêmica, ou, posteriormente, em sua vida profissional.

A Camerata Experimental visa dar a oportunidade de os estudantes colocarem em prática o repertório que trabalham durante toda a vida acadêmica. O trabalho procura ter uma linha interpretativa historicamente orientada, o que permite aos estudantes ampliarem o conhecimento e as perspectivas da música barroca.

Além disso, o grupo (bem como outros grupos musicais permanentes da ESMU/UEMG) funciona como veículo de integração entre estudantes do Bacharelado e das duas Licenciaturas da Escola de Música da UEMG. Estudantes dos três cursos são estimulados a participar do grupo, apesar de eventuais diferenças de desenvolvimento técnico ou musical. Segundo Moacyr Filho, isso, além de promover o aspecto social do ensino e da aprendizagem da música, faz com que o trabalho de ambos os grupos se torne meio de colaboração mútua entre os integrantes, sejam eles estudantes ou professores.

 

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5 junho

A projeto de extensão “Saberes na comunidade da zona rural” foi desenvolvido sob a orientação do professor Nicola José Frattari Neto, com o apoio da Fundação (FAPEMIG) pelo estudante Matheus Barcelos de Souza. O estudo foi realizado na Escola Municipal Dom Pedro II, na zona rural da cidade de Prata, em Minas Gerais, em 2017. Nele encontram-se dados de um trabalho desenvolvido com os alunos do oitavo e nono anos do Ensino Fundamental sobre o tema “Compostagem”. A ideia faz parte de um  projeto maior, que abrange algumas formas de saber popular, especificamente aqueles mais voltados às Ciências Naturais.

Segundo os autores do projeto, muitas vezes os saberes de determinadas comunidades rurais não passam de uma geração a outra, e seus artífices continuam desapercebidos de sua real importância e significado. É na criação de artefatos e confecção de produtos caseiros, pelos indivíduos ou por suas famílias, que os saberes são “guardados” e “transmitidos”, como receitas antigas de sabão de cinzas, tinturas naturais, preparo de alguns alimentos, chás e garrafadas. O que os estudantes e professores universitários podem aprender com esses artífices do saber popular? Como os cursos de licenciatura podem contribuir com essas pessoas? Essa proposta de troca e construção de novos saberes é a que instigou a pesquisa.

O objetivo foi  a catalogação dos saberes que a comunidade escolar traz em seu meio, sobretudo os mais ligados às Ciências Naturais. Foi ministrada uma oficina sobre compostagem para alunos de 8º e 9º ano, junto aos professores, e de forma interdisciplinar, foram distribuídos questionários, apoiados nos quais foi realizado um pequeno levantamento com relação à aula ministrada e ao desenvolvimento de algumas dessas práticas pelas famílias. A compostagem é um processo biológico de reutilização de matéria orgânica que seria descartada como lixo ou detrito de lares, propriedades rurais e indústrias. A partir da compostagem esses detritos passam a ser reutilizados e transformados em esterco, deixando de se acumular em lixões, sendo transformados em material rico e essencial para o solo e plantas. Segundo os resultados da pesquisa, os alunos conheciam o processo de compostagem, mas não o utilizavam em casa, devido ao fato do esterco natural ser abundante em suas propriedades rurais.

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