19 fevereiro

Como considerar as vivências com a natureza ou em espaços ao ar livre no processo de desenvolvimento dos indivíduos? A ambientalista Rita Mendonça pretende contribuir com essa questão a partir do livro digital “Atividades em Áreas Naturais”, lançado recentemente pelo Instituto  Ecofuturo, com apoio da Valmet Corporation.

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Imagem da capa do livro Atividades em Áreas Naturais. Crédito: divulgação

 

Na obra, a especialista reúne uma série reflexões sobre o uso desses espaços e também sugestões de atividades pensadas, segundo a autora, para os diversos níveis de proximidade que os educadores têm com a natureza. Para Rita, educador é ”todo adulto que ensina por suas atitudes”. Assim, todos, professores ou não, têm o papel de ensinar aos pequenos uma maneira saudável de interagir com o meio que nos circunda.

Percurso em construção

Para a autora, o livro traz uma mensagem importante nas entrelinhas: “um trabalho com a percepção de que os problemas ambientais que vivemos, em algum aspecto, têm a ver com o afastamento das pessoas da natureza”. No entanto, ela descarta uma abordagem romântica ao tema.

A obra discorre sobre como nossa relação pode ser iniciada quando crianças. Uma das defesas é que o contato com os espaços naturais partam de visitas “sensitivas” e reflexivas já que esses momentos, na análise da autora, podem valer mais as percepções e os sentimentos do que as visitas técnicas ou científicas. “Sem encantamento o conhecimento não nos afeta de verdade”, coloca a autora em uma das passagens do livro.

Em áreas naturais elas [as crianças] têm a oportunidade de trabalhar o equilíbrio em solos irregulares, subir em árvores, aprender sobre suas habilidades e limites.

Suas reflexões também passam pelo entendimento do fato de que somos seres biológicos, antes do cultural intervir, o que também faz com que Rita defenda o contato do corpo com os ambientes naturais como benéfico ao desenvolvimento integral dos estudantes. “Não é preciso muito esforço para conduzir uma pessoa ou um grupo a esses locais e verificar como são capazes de ampliar o horizonte, a consciência e, por vezes, refazer ou redirecionar caminhos no sentido da autorrealização, condição para um desenvolvimento mais amplo”, avalia.

Por essa razão, o livro estimula a saída das crianças das salas de aula e também das escolas para uma exploração do território. A ambientalista reforça a necessidade dos estudantes terem assegurado esse momento de contato com a natureza. Como exemplo, cita que as crianças devem ter horários livres para brincadeiras ao ar livre; os adolescentes podem ser encorajados a viver situações de acampamento ou fazer outras explorações.

Esse contato também se relaciona com o desenvolvimento físicos das pessoas, como avalia: “em áreas naturais elas têm a oportunidade de trabalhar o equilíbrio em solos irregulares, subir em árvores, aprender sobre suas habilidades e limites”. Em seu entendimento, esse processo também é visto como positivo e necessário aos professores, uma vez que possibilita que se coloquem diante dos alunos em outro ambiente que não o usual da sala de aula.

No entanto, a autora faz um alerta: “a natureza não é sala de aula”, ou seja, não basta apenas levar os estudantes para fora, mas, além disso, propor atividades educativas coerentes naquele espaço, considerando as potencialidades que as características locais oferecem.

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Crédito: Milica Nistoran/Shutterstock

 

A interação com espaços naturais deve ser defendida como uum direito dos sujeitos em formação, como coloca em uma das passagens da obra: “As crianças são a natureza tornando-se humana. É importante que elas tenham o direito à convivência com os outros seres vivos com os quais elas sentem grande proximidade. As vivências com a natureza devem, nesse sentido, conservar o vínculo que as crianças já têm, conservando assim sua essência, e são uma forte aliada da educação do ser humano integral”.

Como criar um plano de aprendizado sequencial

Para promover atividades em áreas naturais, a ambientalista faz uso de uma metodologia norte-americana Flow Learning (Aprendizado Sequencial, em português). No Brasil, ela é desdobrada pelo Instituto Romã, instituição da qual Rita é uma das fundadoras, e tem como missão promover o desenvolvimento humano a partir da experiência e do diálogo com a natureza.

No livro, a autora reúne algumas recomendações para que esse trabalho seja efetivo:

Aprendizado Sequencial
– ensine menos e compartilhe mais;
– seja receptivo;
– concentre a atenção das pessoas:
– observe e sinta primeiro, fale depois;
– crie um ambiente leve, alegre e receptivo;
– trabalhe com a natureza e não para ela.
Referência: http://educacaointegral.org.br/noticias/livro-estimula-educadores-trabalharem-em-areas-naturais/

 

19 fevereiro

O “17º Seminário de Pesquisa e Extensão da UEMG” foi realizado nos dias 25, 26 e 27 de novembro de 2015, em Carangola. Este seminário teve como objetivos possibilitar aos pesquisadores e acadêmicos a divulgação de seus trabalhos de pesquisa e extensão realizados através dos programas de financiamento da UEMG (PaPq e Paex), além de oportunizar o intercâmbio de informações, valorizando-as e contribuindo para o desenvolvimento das atividades da comunidade científica.

Também foram metas do evento promover a integração de atividades de pesquisa, extensão e ensino e intensificar a integração entre professores e acadêmicos de diferentes unidades e instituições. O evento possibilitou a realização de atividades interdisciplinares, que favoreçam e intensifiquem a emergência de projetos, programas, pesquisas e atividades de diferentes áreas.

Além disso, criou um espaço para o envolvimento de acadêmicos e professores da UEMG e demais instituições de ensino superior refletirem sobre o papel da ciência e da inovação.

Nesta edição, foram oferecidas diversas formas para professores e alunos apresentarem seus trabalhos em sessões de Comunicação Coordenada e Pôsteres, estimulando-os à proposição de temas integradores e interdisciplinares, bem como a participação em eventos paralelos. Dessa forma, foram realizadas palestras, mesas-redondas e oficinas diariamente. Neste ano, o evento fez parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, cujo tema foi “Luz, Ciência e Vida.”

A Professora Dra. Elizabeth Dias Munaier Lages, coordenadora do projeto de Extensão “Educação em Direitos Humanos e Cidadania: diálogos entre a proposta pedagógica de Helena Antipoff e a Escola Sandoval Soares de Azevedo”, e também uma das coordenadoras do Programa Institucional de Educação Integral apresentou no dia 26 de novembro ás 16:30, juntamente com outros professores da Universidade, em  uma mesa da Sessão Coordenada cujo  tema foi “Juventude e Educação” os resultados do projeto, quando destacou as ações desenvolvidas pela equipe, apontando os desafios encontrados para sua implementação, bem como as estratégias traçadas para alcançar os objetivos propostos no trabalho com as escolas parceiras.

Os alunos Carolina Zimer Silva e Túlio Mateus Gomes de Sousa apresentaram no dia 26 de novembro às 10:45, em forma de pôster, o projeto de extensão, expondo aos participantes e visitantes do Seminário acerca das atividades desenvolvidas e resultados obtidos, sendo positivamente avaliados pela comissão organizadora do evento.

A Professora Dra. Elizabeth Dias Munaier Lages também participou de minicurso sobre a temática da educação integral, coordenado pela professora Sara Mól da UEMG de Carangola: “Educação Integral – tempo integral para quem e para quê? Este minicurso faz parte do “Projeto de extensão: Ciclo de Reflexões Educação Integral em tempo integral – por uma formação mais completa”.

Nesta oportunidade foram feitas importantes discussões sobre a Educação Integral e Educação em tempo integral. A diferença predominante entre os dois modelos depende dos objetivos da educação que se quer ter. A proposta inicial foi a de discutir a concepção da educação integral nas escolas, o que as norteia.  Quando do início do programa é necessária uma conversa com pais, uma vez, que este programa é voltado para camadas populares e voltado para a socialização e para a troca entre professores e alunos. Isto torna-se imprescindível para que este modelo de educação não se torne um modelo a mais para os desprivilegiados. O curso abordou também a mudanças educacionais a partir da década de 1990 que foram decisivas para a formação do pensamento da Educação Integral no Brasil. Para a professora Sara Mól a Educação deve ser entendida como uma concepção que contemple o indivíduo, como ele é, e suas s múltiplas dimensões. Este curso contou com a presença de professores e gestores de escolas públicas e estudantes de vários cursos e unidades.

O Programa Institucional da UEMG – Educação Integral também se fez presente no evento através de seus bolsistas, Edinélia Ramos Pereira e Silvio Freitas, que apresentaram pôster sobre as áreas de formação e comunicação do programa.

 

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  1. COBERTURA 1º DIA REPORTAGEM DO 17º SEMINÁRIO DE P&E DA UEMG

 https://www.youtube.com/watch?v=uDua1nJpids

 2. COBERTURA 2º DIA REPORTAGEM DO 17º SEMINÁRIO DE P&E DA UEMG https://www.youtube.com/watch?v=DYjhfr9oEuU

3.COBERTURA 3º DIA REPORTAGEM DO 17º SEMINÁRIO DE P&E DA UEMG

https://www.youtube.com/watch?v=C0r233Y0OOA

 

 

10 fevereiro

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Caros colegas e amigos,

 

O CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E PESQUISA HELENA ANTIPOFF (CDPHA) comunica que estão abertas até 15 de fevereiro de 2016 as inscrições para comunicações de trabalhos a serem apresentados no 34º ENCONTRO ANUAL HELENA ANTIPOFF, a ser realizado juntamente com o XIV ENCONTRO DAREDE INTERINSTITUCIONAL DE PESQUISADORES EM HISTÓRIA DA PSICOLOGIA, agora reunidos na SOCIEDADE BRASILEIRA DE HISTÓRIA DA PSICOLOGIA, fundada em outubro de 2013.

O evento é uma promoção do CDPHA em associação com a FUNDAÇÃO HELENA ANTIPOFF e a UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO, com o apoio da Sociedade Brasileira de História da Psicologia, da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, do Laboratório de Pesquisa e Ensino em História da Psicologia – Depsi/UFMG, do LEPSI – Laboratório de Estudos e Pesquisas Psicanalíticas e Educacionais, do NIPSE – Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Psicanálise e Educação, do LAPIP/UFSJ (Laboratório de Pesquisas e Práticas Psicossociais da Universidade Federal de São João Del Rei) e do Educampo/UFMG.

O tema escolhido para esta edição do evento é PSICOLOGIA, EDUCAÇÃO E O DEBATE AMBIENTAL – RETOMANDO A PERSPECTIVA ECOLÓGICA DE HELENA ANTIPOFF, e se desdobra nos seguintes eixos:

1) Psicologia social, estudos de comunidades e a questão ambiental;

2) Psicologia das Emergências;

3) Educação Ambiental;

4) Educação Integral;

5) História da Psicologia, história da Psicologia Social, história dos Estudos de Comunidades;

6) História das Ciências Ambientais.

O tema principal foi escolhido tendo em vista nossa preocupação com a situação ambiental de nossa região, agravada com o recente desastre provocado por rompimento de barragem com rejeitos de mineração na cidade de Mariana, MG, com desdobramentos gravíssimos para todo o Vale do Rio Doce e regiões vizinhas. Sabemos que desde os anos de 1950 nossa mestra Helena Antipoff lembrava a necessidade de preservação e cuidado com o meio ambiente, em contatos com organizações como a União Internacional Pró-Proteção da Natureza. Comparando escolas urbanas e rurais, orientava os alunos da Escola Normal Rural da Fazenda do Rosário nos seguintes termos: “(sobre) os objetivos  da escola urbana e da escola rural (…): ambas as escolas formam a criança para sua missão humana e de cidadão, porém o dever específico da escola rural é o de preparar cada um de seus alunos para a alta função de guardião do tesouro terrestre, de zelador do solo. (…) Amoroso e diligente a uma vez, o homem rural, instruído e educado, saberá usar de suas riquezas sem  desperdício e devastação, garantindo assim uma indispensável herança de bens naturais às gerações vindouras.” (Antipoff, 1958)

 

Propomos dar continuidade a essas reflexões compartilhando estudos e pesquisas que evidenciem as contribuições da Psicologia, da Psicologia Social, dos Estudos de Comunidades e das Ciências da Educação à questão ambiental.

O evento ocorrerá nos dias 6 a 8 de abril de 2016, no Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Ouro Preto, atendendo o honroso convite da direção do Instituto, localizado na cidade de Mariana, MG.

Seguem no anexo as instruções para elaboração dos resumos, que devem ser enviados para o email  :encontroantipoff2016@gmail.com até o dia 15 de fevereiro de 2016.

Aguardamos a presença de todos!

Atenciosamente,

Profa. Dra. Regina Helena de Freitas Campos

Presidente do Centro de Documentação e Pesquisa Helena Antipoff (CDPHA)

Presidente da Sociedade Brasileira de História da Psicologia (gestão 2015-2017)

 

5 fevereiro

Aconteceu na UEMG – Ibirité dia 02 de dezembro de 2015 de 7:30 às 16:30 da tarde o 2º Encontro de Formação do Programa Institucional “Educação Integral”. Coordenaram o encontro as profas. Edilene Eras, Bárbara Ramalho e Elizabeth Dias Munaier Lages (Coordenadoras do Programa Institucional de Educação Integral da UEMG). O evento contou com a participação de professores e gestores da “Escola de Helena”, projeto de educação em tempo integral e resultado da parceria entre a Fundação Helena Antipoff (FHA), a UEMG e três escolas estaduais do entono da FHA. E também contou com a presença de professores-orientadores e bolsistas do Programa Escola Integrada, parceria da UEMG e a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PMBH). A dinâmica que discutiu a educação integral nas perspectivas do real e do ideal teve ampla discussão e envolvimento dos presentes, conforme as fotos anexas.

 

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