13 agosto

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Professora Orientadora: Andrea Toledo (andreatoledo4@gmail.com)

Aluna Bolsista: Stefany Passos (stefanypassos267@hotmail.com)

 

Muito se tem feito para estimular o uso das tecnologias digitais contemporâneas na educação. Instituições privadas e governamentais já criaram diferentes ações para implantá-las nas escolas. Iniciativas válidas, já que não temos porque nem como recusar o seu uso na era da comunicação. O PROINFO, iniciativa do governo federal, que tem por objetivo a promoção do uso da informática na educação nas redes públicas de nível básico, é uma delas. O governo fornece às escolas computadores e recursos digitais, e por sua vez as instituições de ensino devem garantir a estrutura adequada para o recebimento das tecnologias. No entanto, sabe-se que apesar de importantes, ações como esta não são suficientes, por isto a necessidade de se pesquisar novas experiências e a posição de diferentes atores envolvidos com as tecnologias digitais e as maneiras que elas podem afetar a leitura e a escrita. Este é um dos objetivos desta pesquisa iniciada no ano de 2015 com o apoio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica – PIBIC/UEMG/FAPEMIG e que se pode dar continuidade em 2018, desta vez com o apoio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PAPq/UEMG.

Como referencial teórico a pesquisa busca nos estudos do professor José Manuel Moran (2007) fundamentos para se construir novas formas de integração entre as tecnologias digitais contemporâneas, especialmente a internet na educação. A pesquisadora Carla Viana Coscarelli contribui com reflexões sobre as questões que envolvem a leitura na sociedade informatizada e sobre letramento digital. Embasados nos estudos que sustentam esta pesquisa estão sendo feitas seleção e análises de blogs, redes sociais, material audiovisual que tratam da temática tecnologias digitais contemporâneas e educação e especialmente são exemplos de boas práticas para o incentivo à leitura e à escrita. Este trabalho, além de ser o início da formação de um banco de dados, já forneceu subsídios para que se formulasse uma entrevista que foi realizada com 13 escritores de literatura infanto-juvenil, que fazem uso das tecnologias para divulgar seus livros, incentivar a leitura ou já haviam participado de alguma iniciativa que faz uso das tecnologias digitais para este fim. O objetivo da entrevista foi descobrir o que pensam os escritores a respeito da influência das tecnologias digitais na leitura e na escrita de leitores iniciantes.  É uma visão diferenciada, ainda desconhecida das pesquisas sobre a educação, a leitura e a escrita.

É necessário não só aprender a ensinar fazendo uso das tecnologias e inseri-las na produção cultural dos alunos, mas também educar para a recepção, o entendimento e a construção de valores da leitura e da escrita tecnologizadas. Para ampliar os limites da tecnologia e de seu uso, é preciso pensar as relações entre tecnologia e conhecimento; tecnologia e processo criador. Sendo assim, diante dos estudos nos quais a pesquisa se fundamenta fica registrada a relevância de sua continuação na tentativa de contribuir para a melhoria da qualidade da educação.

Os dados colhidos na primeira fase mostram a importância das tecnologias digitais na redução da distância entre o leitor e autor e especialmente a oportunidade do leitor se transformar em autor. O essencial da leitura hoje passa pela tela do computador, sendo assim defende-se que a internet possa ajudar os jovens a conhecer a riqueza do mundo literário. Ao contrário dos profissionais que alegam que o livro acabou, que as pessoas não leem mais e que o texto está ameaçado, o que se vê nas telas dos computadores são textos, imagens, sons, jogos. A diferença é que a leitura na contemporaneidade se dá de maneira fragmentada, de forma que cada texto seja pensado como uma unidade separada de informação. É certo que essa forma de leitura se reflete na relação com as obras literárias, já que o livro impresso dá ao leitor a percepção de totalidade, coerência e identidade, o que não ocorre na tela. Por isto a necessidade de novos estudos que ajudem a entender também se as novas tecnologias comprometem o entendimento e o sentido completo de uma obra literária. O que é um texto? O que é um livro? A tecnologia reforça a possibilidade de acesso ao texto literário, mas também faz com que seja difícil apreender sua totalidade, seu sentido completo. É a mesma superfície (uma tela) que exibe todos os tipos de texto no mundo eletrônico. É isto que estimula nossas reflexões.

6 agosto

O Projeto  sob a orientação da professora  Lígia Barros de Freitas, tem como objetivo o mapeamento das decisões judicias sobre o direito à educação, provenientes das comarcas do Estado de Minas Gerais. Com isso, busca-se analisar os argumentos jurídicos e políticos dos atores envolvidos no processo (juízes, promotores de justiça, advogados particulares e defensores públicos), e, ainda, estudar como essas decisões afetam a formulação e implantação de políticas públicas que visam à criação de vagas escolares na Educação Básica, Fundamental, Média e Especial. As perguntas que este estudo interdisciplinar pretende responder são: 1) Quais são os argumentos dos atores envolvidos nas ações individuais e coletivas que pleiteiam direito à educação? 2) Até que ponto as decisões judicias de direito à educação influenciam na aplicação de políticas públicas?

4 julho

Esse  é um Projeto  do curso de Ciências Sociais da Unidade de  Barbacena, sob a orientação do professor Luiz Ernesto Guimarães. O público alvo são estudantes secundaristas de escolas públicas da cidade de Barbacena – MG, este projeto de extensão tem como objetivo desenvolver a “Semana de humanidades” em duas escolas públicas de Barbacena. Docentes e discentes da UEMG, bem como professores da Rede Pública de Ensino, ministrarão palestras a partir de suas pesquisas desenvolvidas no âmbito das Ciências Sociais. Isto contribuirá para aproximar a Universidade da comunidade local, podendo, também, levar o jovem estudante a refletir sobre a importância da continuidade dos estudos no Ensino Superior.

 

27 junho

O Conto Sonoro é um grupo de contadores de história, criado em 2016, na UEMG – Leopoldina, pela professora de Literatura Infanto-Juvenil, Anicézia Romanhol Bette, com o apoio da direção da UEMG e da FRA (Fundação Renato Azeredo). O intuito desse programa é o de inclusão literária, promovendo contação de histórias e oficinas para alunos da Educação Infantil e Anos iniciais do Ensino Fundamental, em espaços escolares públicos de Leopoldina e região. Em 2016, foram atendidas 05 escolas, havendo 200 crianças envolvidas. Em 2017, este número foi ampliado para 15 escolas, com a participação de 500 crianças. Em 2018, pretende-se atingir um número bem maior de escolas, envolvendo Educação Infantil pública e privada (creche) e crianças de 04 e 05 anos.

Assim, o Curso de Extensão – Conto Sonoro, oficinas de letramento literário nas creches – visa a prosseguir com o programa, capacitando acadêmicos de Pedagogia da UEMG, polo de Leopoldina, a fim de estes utilizarem dos textos artísticos de qualidade para desenvolverem o letramento literário com bebês de 01 a 03 anos de idade, sabendo-se que é nessa faixa etária que o ser humano possui a maior propensão de aprendizagem, tanto que, no documentário: O começo da vida, dirigido por Estela Renner (2016), Jack P. Shonkoff, diretor do centro de desenvolvimento da criança, da Universidade de Harvard, diz que “no nascimento e nos primeiros anos de vida, o cérebro faz ligações entre neurônios numa velocidade impressionante. A cada segundo, ele faz de 700 a 1000 novas conexões.”

Com 55 acadêmicos inscritos, as oficinas de Letramento Literário serão iniciadas, em 12 creches do município e adjacências,  no mês de agosto deste ano. O objetivo é estimular os bebês a gostarem de histórias e desenvolverem habilidades como ouvir, concentrar-se, desenvolver o pensamento, a linguagem oral, a socialização e a criatividade, tudo isso ao sabor dos melhores textos literários, com muita música e ludicidade. Além disso, é a partir do letramento que se inicia o processo de alfabetização, que é árduo e longo, porém, se for conduzido nessa perspectiva, a tendência é que tudo flua naturalmente, no tempo de cada criança.

 

27 junho

Realizou-se, no dia 10 de maio de 2018, na Universidade do Estado de Minas Gerais – Divinópolis, o minicurso sobre adolescentes, com o seguinte título “O trabalho das assistentes sociais no programa de residência multiprofissional em saúde do adolescente UFSJ – CCO” com as palestrantes Lilian Fernanda Silva e Lidiani Vanessa da Silva. A atividade compôs a programação da Semana Acadêmica do curso de Serviço Social e foi organizada pelo Centro Acadêmico de Serviço Social. As palestrantes discutiram sua experiência trabalhando na saúde como assistentes sociais, e sobre o momento da adolescência.

Elas relatam que além dos adolescentes atendidos, também podem ser atendidas crianças, pois a organização da saúde considera adolescentes as pessoas com 10 a 19 anos, diferente do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que define a faixa etária de 12 a 18 anos como adolescência. Segundo elas, o momento da adolescência é delicado pela questão do descobrimento e pelas cobranças sociais sobre o que os adolescentes serão quando adultos, a questão do emprego e desemprego, o medo da exclusão ou, como dizem os adolescentes, de sobrar nos círculos sociais e até mesmo o medo de morrer.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que a morte de adolescentes entre 10 e 15 anos idade acontecem principalmente por “violência interpessoal, acidentes de trânsito, leucemia, afogamento e infecções respiratórias”. Já entre os adolescentes de 15 a 19, é relevante também o número de suicídios.

As assistentes sociais lembram que o trabalho com a adolescência precisa envolver também a família e o círculo de amizades dos meninos e meninas para que as demandas da adolescência sejam envolvidas. Discutiram também a experiência com adolescentes grávidas, que muitas vezes são ignoradas pela família e sofrem com estigmas e preconceitos diversos.

Os adolescentes são encontrados nas escolas, onde os profissionais irão trabalhar com diferentes grupos de adolescentes para saber sobre suas demandas e discutir os seus projetos de vida. Além disso, as profissionais afirmam que há uma relação entre a rigidez da instituição de ensino e o índice de suicídio entre adolescentes, pois muitas vezes a escola deseja um ajuste de conduta, mas não é através de ajustes que as demandas do adolescente serão ouvidas.

Em relação ao suicídio, as palestrantes afirmam que se faz necessária uma maior atenção a essas práticas, pois a adolescência é a busca desenfreada por desafios, o fazer para ver se realmente acontece. Além do tratamento, elas utilizam junto aos adolescentes o plano de segurança que possibilita ao adolescente acionar pessoas de confiança em momento de crise.

Para finalizar, as assistentes sociais trouxeram o e-book que apresenta ferramentas para fortificar e prevenir a rede de prevenção ao suicídio na adolescência, onde é explicado como enxergar os comportamentos suicidas e os fatores que podem causar práticas suicidas.

O ebook, referenciado ao final desta matéria, pode solicitado no seguinte e-mail: teiavita@terra.com.br.

O Programa Institucional de Extensão Direitos da Criança e do Adolescente vem desenvolvendo, desde o início do ano de 2017, um trabalho em conjunto com a equipe do programa de residência multiprofissional em saúde do adolescente da Universidade Federal de São João Del Rey, Campus Centro-Oeste.

 

Referência:

SILVA, Lilian Fernanda; SILVA, Lidiani Vanessa. O assistente social no contexto de um programa de residência multiprofissional em saúde do adolescente. 10 maio. 2018. 38 slides. Material apresentado para a semana acadêmica do curso de serviço social.

Foto minicurso adolescentes